Num campo florido sem ervas daninhas, debaixo de um clima intemporal, florescem razões para me abrigar, para reflectir, para me esconder, para renascer. Um espaço onde o verde encontra o mar, onde 2 minutos chegam para tudo apreciar e onde o "para sempre" seria pouco para o contemplar.
Olho para dentro. mexo, remexo, torno claro... Procuro dentro de mim a mão que semeia a serenidade que preciso, procuro os olhos que me guiam até à saída do abismo virtiginoso em que me enclausurei.
Perdi o meu nome no caminho, mas já não vou voltar atrás, chamei-me utopia -aquela que subia a estrelas para as beijar, aquela que alimentava sonhos mas que no final adormecia sempre nos braços do mar. Cansei-me de subir e descer, cansei-me de viver enfiada numa meia para sobreviver à maré-cheia.
Não sei ao certo o que quero ser, mas sei o que não quero fazer de mim. Quero deixar de beber a melancolia aquecida, estou enjoada de bebidas quentes, quero para já a alegria a frio, para refrescar. Quero ingerir da vida algo que me levante da cadeira, que me arrepie e me impulsione a agir! Quero, quero, quero... quero fazer de mim o que eu quero.
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